Desde a época em que os romanos destruíram Jerusalém, na Palestina, em 70 d.C., os judeus que ali viviam dispersaram-se pelo mundo (diáspora), mas mantiveram-se unidos pelas mesmas tradições religiosas. Sofrendo inúmeras e sistemáticas perseguições ao longo dos séculos, os judeus europeus sempre alimentaram a idéia de um regresso à pátria. Com base nessa idéia, em 1897, um congresso reuniu israelitas de várias partes do mundo e fundou o Movimento Sionista, cujo o objetivo principal era a criação de um Estado judeu na Palestina. Ajudados por esse movimento, milhares de judeus migraram para a Palestina e lá passaram a adquirir terras dos palestinos e a estabelecer colônias agrícolas.
Quando o nazismo (que era anti-semita) se consolidou na Europa, esse movimento migratório se intensificou e, como era de se esperar, começaram na região uma série de atritos entre os judeus e os árabes que habitavam o território palestino. Em 1947, dois anos do fim da Segunda Guerra -- na qual pareceram quase 6 milhões de judeus --, a ONU aprovou a divisão da Palestina em dois Estados: um judeu, com 10 mil km², e outro árabe, com 11.500 km².Em 15 de maio de 19483 os judeus liderados por David Ben Gurion fundaram o Estado de Israel. Mas, para isso, expulsaram milhares de palestinos de suas vilas e aldeias, obrigando-os a se refugiarem nos países árabes vizinhos.Tinha início, assim, a "questão palestina". O êxodo forçado dos palestinos deu origem a uma série de sangrentas guerras entre árabes e israelitas. As principais aconteceram em 1956, 1967 e 1973. Com a ajuda dos Estados Unidos, os israelitas venceram esses conflitos e expandiram suas fronteiras ocupando territórios do Egito, da Síria e da Jordânia. Os palestinos, porém, continuaram sem pátria. Dispostos a lutar pela criação de um Estado Palestino, diversos chefes de Estados árabes criaram, em 1964, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) que, anos depois, passou a ser chefiada por Yasser Arafat, líder palestino de projeção internacional. Durante duas décadas, aproximadamente, a OLP procurou alcançar seus objetivos praticando e estimulando a violência conta o Estado de Israel. Este, por sua vez, revidava com a mesma moeda. No final de 1988, no entanto, Arafat declarou pela primeira vez que, atendendo a pedido da ONU, a OLP reconhecia a existência do Estado de Israel. Desde então, apesar dos extremistas judeus e árabes e do interesse dos grupos econômicos que se alimentam da guerra, o conflito árabe-israelense evoluiu para uma solução negociada. Finalmente, em 13 de setembro de 1993, depois de 46 anos de guerras, Arafat e o primeiro-ministro de Israel, Itzhak Rabin, assinaram em Washington um tratado de paz. Nos últimos dias podemos ver, que as cláusulas do acordo não estão sendo compridas, após o atentado de 11 de setembro de 2.001 aos Estados Unidos, intensificaram novamente a Guerra de Palestinos x Israelitas ou Judeus.
Por: Carolina Vieira